Foto: Vinicius Becker (Diário)
A Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Boca do Monte, que fica na área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), vai adiantar o recesso escolar para esta segunda-feira (21). O espaço precisou ser desocupado ainda no fim da manhã da última terça-feira (15), quando o grupo de 30 indígenas da etnia caingangue entrou no local e ocupou uma parte da área, e está sem aulas desde então.
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Segundo a diretora da instituição, Carina de Souza, o recesso escolar da rede municipal está previsto para começar na próxima quarta-feira (23), mas como não houve avanços nas tratativas ou realocação do grupo de indígenas para outro espaço, a decisão no momento foi por adiantar o fim das aulas para segunda:
– O recesso da rede municipal, de forma geral, deve seguir até o dia 4 de agosto. Iniciaremos nesta segunda-feira, e nosso planejamento é voltar também no dia 4. Mas a situação ainda é incerta.
Uma reunião junto à Secretaria Municipal de Educação (Smed) deve ser realizada nos próximos dias para definir quais ações serão tomadas, inclusive como será possível recuperar a semana sem aulas.
Relembre o caso

A escola, que é da rede municipal, fica localizada dentro da área da Fepagro, no distrito da Boca do Monte. No final da manhã da última terça-feira, com a informação de que o grupo de indígenas havia entrado na área, a escola foi desocupada e os alunos liberados para irem embora. O espaço ocupado pelos caingangues não corresponde ao local que pertence à escola, mas pensando na segurança dos alunos, a direção da escola optou por suspender as aulas. A Brigada Militar segue fazendo o patrulhamento no local.
Conforme relatado pela diretora Carina de Souza ao Diário na tarde de terça-feira, o processo de desocupação da escola ocorreu de forma "muito tranquila". Os transportes escolares que estavam chegando na escola entraram para buscar as crianças que haviam frequentado o turno da manhã e que retornaram para casa.
Os pais que chegavam para deixar seus filhos para o turno da tarde foram orientados a retornar. Além disso, todas as famílias foram comunicadas para buscar seus filhos, garantindo que os alunos fossem retirados da escola.
Carina enfatizou que não houve qualquer sensação de ameaça por parte da equipe da escola, e que não houve manifestação por parte dos indígenas contra a escola ou as crianças em nenhum momento. As famílias puderam entrar e sair da instituição de ensino com total segurança.
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